por Hellen Paixão
Valdemir Pereira, 41 anos, foi o primeiro brasileiro com deficiência visual a praticar o surf. Tudo começou na Escola Surf Radical hà quatorze anos, após uma virose onde perdeu totalmente a visão. Ao ouvir o professor de surf Francisco Araña dizer numa rádio que gostaria de dar aulas para deficientes visuais, viu ali sua chance de surfar.
Com isso, Valdemir conheceu Francisco, mais conhecido como Cisco, o coordenador da escola e, através dessa iniciativa, outros projetos de Inclusão Social e Acessibilidade surgiram em Itajaí, Salvador e Rio de Janeiro. Escolas da Secretaria de Esportes passaram a trabalhar com cegos e com outros tipos de deficientes. Para ensinar surf à Val, os professores vendavam os olhos, entravam no dia a dia dele e, assim, entendiam de que maneira ele via o mundo. Esse método facilitou a didática dos professores e sua iniciação no surf.
Através desta prática, dez anos depois o professor Cisco criou a primeira prancha adaptada para deficientes visuais. Ela possui 10 distinções, divididas em três categorias, percepções de tacto, ondulações para o suporte dos pés, frisos em alto relevo, bordas para o posicionamento das mãos e velcro para posicionamento auditivas, guizos no bico e na rabeta, que são revestidos com E.V.A. anti-impacto e quilhas em fibra de vidro, também envoltas em E.V.A, usadas como medidas de segurança.
Com isso, Valdemir conheceu Francisco, mais conhecido como Cisco, o coordenador da escola e, através dessa iniciativa, outros projetos de Inclusão Social e Acessibilidade surgiram em Itajaí, Salvador e Rio de Janeiro. Escolas da Secretaria de Esportes passaram a trabalhar com cegos e com outros tipos de deficientes. Para ensinar surf à Val, os professores vendavam os olhos, entravam no dia a dia dele e, assim, entendiam de que maneira ele via o mundo. Esse método facilitou a didática dos professores e sua iniciação no surf.
Através desta prática, dez anos depois o professor Cisco criou a primeira prancha adaptada para deficientes visuais. Ela possui 10 distinções, divididas em três categorias, percepções de tacto, ondulações para o suporte dos pés, frisos em alto relevo, bordas para o posicionamento das mãos e velcro para posicionamento auditivas, guizos no bico e na rabeta, que são revestidos com E.V.A. anti-impacto e quilhas em fibra de vidro, também envoltas em E.V.A, usadas como medidas de segurança.
Apesar das mudanças, a prancha mantém o tamanho e o peso das convencionais, com comprimento de 9’1’ e largura de 22”. Além disso, ela pode ser utilizada por qualquer pessoa, não perde em velocidade ou mobilidade. Val participou de todo processo de criação da prancha e esteve presente na fase de modelagem de linchamento e de montagem. Segundo ele, o professor queria causar uma aproximação mais intima entre os dois.
Com a repercussão que teve o lançamento da prancha adaptada, Valdemir ganhou uma bolsa de estudos de Educação Física da Faculdade Santa Cecília, em Santos, e hoje está cursando o terceiro ano. Alé, do Surf, ele fez aulas de Karatê, Musculação, Capoeira e Taishishuan.
Para Val, praticar esses esportes foi uma maneira de mudar a visão das pessoas em relação aos cegos. Apesar de suas limitações, o deficiente visual não está incapacitado de ter equilíbrio. Atualmente Val se prepara para participar dos campeonatos de Surf do próximo ano.
Hoje ele é um exemplo para muitos deficientes visuais que tinham vontade de surfar, mas que por serem cegos achavam impossível.
Para Val, praticar esses esportes foi uma maneira de mudar a visão das pessoas em relação aos cegos. Apesar de suas limitações, o deficiente visual não está incapacitado de ter equilíbrio. Atualmente Val se prepara para participar dos campeonatos de Surf do próximo ano.
Hoje ele é um exemplo para muitos deficientes visuais que tinham vontade de surfar, mas que por serem cegos achavam impossível.
1 comentários:
Em Salvador existe alguma escola para cegos aprender surfe?
Só ouço falar mas na prática não achei ainda nenhum profissional de qualquer esporte que dê aulas a cegos em Salvador-Ba.
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